terça-feira, 27 de outubro de 2009

Resposta ao tempo

Nana Caymmi
Composição: Aldir Blanc/Cristovão Bastos

Batidas na porta da frente
É o tempo
Eu bebo um pouquinho
Pra ter argumento

Mas fico sem jeito
Calado, ele ri
Ele zomba
Do quanto eu chorei
Porque sabe passar
E eu não sei

Num dia azul de verão
Sinto o vento
Há fôlhas no meu coração
É o tempo

Recordo um amor que perdi
Ele ri
Diz que somos iguais
Se eu notei
Pois não sabe ficar
E eu também não sei

E gira em volta de mim
Sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro
Sozinhos

Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto

E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Prá tentar reviver

No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer

Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto

E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Prá tentar reviver

No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, e ele não vai poder
Me esquecer

No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer

Cadê o Moacir?

Desta vez, a gente estava morando no Rio. Tinha acabado de chegar do Maranhão, transferida, e a Doró já estava morando no Rio e trabalhando no BRADESCO. Resolvemos que iríamos morar juntas, mesmo com a Doró cheia de recomendações. "Não pode ouvir música alta, não pode ficar acordada até tarde, não pode chegar em casa acordando todo mundo" e por aí, pela quantidade de "não pode", sentiram meu drama. Fazer o que, amo esta baixinha e ela ajudava mesmo eu baixar a bola. Barata Ribeiro, 502/904-COPACABANA este, era o endereço. Era um conjugadão (uma salona) um banheiro, uma micro cozinha e, nós. Colocamos um guarda roupa grandão que virou parede, fazendo assim um quarto e sala. Ela, dormia no quarto e eu, na sala. Belo dia, se não me engano uma madrugada de sexta feira, tipo umas 4 hs. a campanhia começou a tocar... Eu, depois de ter tomado todas estava semi-desmaiada na sala, e a Doró mandando eu abrir a porta que era aqueles bebuns do banco (DO BRASIL). Já que eu não atendia, ela resolveu abrir a porta e de repente gritou, Lúcia é a polícia!!! Quando escutei isto, dei um salto da cama e corri pro banheiro (não me pergunte porque o medo). O policial começou a bater na porta feito um louco, até que eu abri e ele, me meteu um 38 no meio da barriga, e me perguntou: CADÊ O MOACIR??? Olhei prá cara da Doró, ela estava translúcida, o contorno da boca roxo e tremendo ela mostrava a conta de luz pro PF, prá provar que não existia nenhum Moacir alí. Explicações dadas, aceitas os policiais foram embora. Descemos imediatamente prá saber na portaria qual era, afinal, tivemos nossa casa invadida por dois loucos. Explicação deles: desculpem-nos o Moacir mora no 903, houve uma "pequena" confusão... Moral da história, passamos num bom teste cardíaco e no dia seguinte a gente ria muito, mas muito mesmo......